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17/09/2015 16h01

Relojoeiro Cego

Por André Luis - Havia uma cidade longínqua onde um senhor já de idade avançada consertava relógios. As peças mais miúdas, as mais difíceis, ele as consertava. Coisa que qualquer outra pessoa teria desistido nos primeiros minutos. E não lhe faltavam clientes. Desde os mais ricos aos mais pobres, todos que possuíam tal apetrecho que apresentava problemas iam até o relojoeiro.

E o tempo foi se passando. Algumas pessoas iam embora, outras chegavam. Até que um dia uma guerra explodiu na pequena cidade.

Um dia, Samurais do mal tomaram a cidade que não continha uma guarda à altura. Foram poucas horas de luta.

O samurai-chefe percorreu todas as casas, e desposou todas as mulheres e crianças, mandando matar os velhos e homens, os quais foram decapitados com extrema crueldade.

Eles eram cerca de 100 homens. Um exército quase imbatível naquela época. Ao longe o samurai-líder avistou uma cabana, e resolveu ir lá sozinho. Chegando ao local deparou-se com o velho relojoeiro, que estava sentado numa cadeira confortável. Suas mãos tremiam muito, mas apesar disso, ele ainda continuava a consertar relógios.

Ao adentrar a cabana, o samurai se espantou coma coragem do velho cego, e notou que ele não temia a morte.

- Veio aqui em cima para me matar como fez com os demais? – questionou o velho.

Assustado, o samurai questionou como um cego sabia o que havia acontecido tais atrocidades.

O velho com os olhos brancos da cegueira de anos, disse-lhe:

- Não enxergamos com a visão. Os verdadeiros olhos estão dentro de seu peito. Se tivesse mais coragem, não teria matado toda àquela gente inocente, a troca de despojos, que de nada valem.

E completou:

- Um dia ficarás velhos, assim como eu, e descobrirá que o verdadeiro amor está em sentir o amor pelo semelhante. A crueldade, só leva a crueldade, e a morte só leva a agonia. Quando acordares um dia, e resolveres ter uma vida digna de amor, entenderás o que estou lhe dizendo.

Dito isto, o samurai embainhou a espada desceu o morro, soltou as mulheres e foi embora. Nunca mais se ouviu falar da gangue dos samurais assassinos.

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